Dona Francisca é uma batalhadora
Logo pela manhã,quando até o sol tem preguiça de se levantar
Ela já está no tanque,esfregando as roupas dos filhos pequenos
E o macacão(uniforme)do maridão
Seu Gérson é mecânico,daqueles de mão cheia
Trabalha em uma oficina ,ali no Fortaleza,onde eles moram
Todo dia ,chega em casa todo sujo de graxa,sua roupa então nem se fala
Aquela semana havia sido especialmente difícil
As fortes chuvas ,arrebentaram uns canos na rua
E o bairro todo ,ficou sem uma gota dágua
Uns vizinhos ligaram para o SAAE,mas só o que ouviram
Foram promessas de uma vistoria ao local
Três dias sem água,nem para o banho,nem para a comida
Nem para lavar as roupas,que se acumulavam no tanque(sêco)
A chuva deu uma trégua e seu Gérson veio almoçar em casa
Bateram palmas em frente ao portão
Dona Francisca atendeu os fiscais do SAAE,cheia de esperanças
O que ouviu deles,a deixou muito triste
Por ser uma área invadida,não poderiam fazer os reparos
Seu Gérson tentou argumentar,mas só o que obteve como resposta
Foi um "anacrônico":Sentimos muito...
Entraram na viatura e se foram pela rua enlameada
Não demorou muito e Zequinha,um garoto vizinho
Uma viatura do SAAE,havia quebrado
E seus integrantes estavam buscando ajuda de um mecânico
Dois dias depois,os reparos foram feitos
Dona Francisca só espera pelo sol
Agora com todas as roupas penduradas no varal....
Nenhum comentário:
Postar um comentário